Belo Horizonte possui uma rica produção artística e cultural. A cidade agrada aos amantes das artes plásticas, da música, do teatro, da dança e da literatura. Seus atrativos culturais estão espalhados por toda parte e alternativas para diversão não vão faltar.
Desde cedo a capital já demonstrava sua aspiração. Corria a década de 1920 quando jovens poetas, que ansiavam mudanças, se incorporaram ao ritmo frenético da Rua da Bahia, na época a principal via da cidade. Era o fio que unia a estação ao palácio do governo. Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava, Milton Campos, Gustavo Capanema e Emílio Moura lançaram em 1925 "A Revista", inserindo "Beagá" no compasso dos modernistas de São Paulo e Rio de Janeiro.
Depois vieram outras gerações, outras tendências. Sucederam a estes Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Hélio Pellegrino...
Hoje, muitos nomes da cultura nacional, reconhecidos até internacionalmente, tiveram como berço Belo Horizonte. Na música Milton Nascimento e seu Clube da Esquina, Skank, Pato Fu, Sepultura, Coral Ars Nova... Na dança Grupo Corpo; no teatro Grupo Galpão, Companhia Giramundo de Bonecos; nas artes plásticas a Escola Guignard... São muitos os expoentes mineiros.
Algumas companhias de dança - como o Grupo Corpo e 1º Ato - são reconhecidas no Brasil e no exterior. Incluem a Europa, América do Sul e América do Norte em suas temporadas e colecionam prêmios. O Grupo Galpão também possui merecido destaque, encantando platéias em todo o mundo. Já o teatro de bonecos do Giramundo cria um universo de fantasia que seduz crianças de todas as nacionalidades. A banda Sepultura, na estrada há mais de 20 anos, tem justo espaço no mercado internacional. O mesmo aconteceu com a mineira Patu Fu, selecionada pela revista "Time" como uma das 10 melhores bandas do mundo.
Beagá exporta e importa cultura. Artistas do mundo inteiro visitam a capital mineira, que realiza durante o ano inúmeros festivais internacionais, com destaque para o de teatro e o de dança. Esta riqueza manifestativa transformou Belo Horizonte no mais novo pólo cultural do Brasil, aliada a uma agitada vida noturna e propensão natural para os negócios.
A forte vocação para o comércio e prestação de serviços se reflete também na cultura. A Feira de Arte e Artesanato e Produtores de Variedades que ocorre nas manhãs de domingo, na av. Afonso Pena, bem no centro, é a maior do gênero em espaço aberto da América Latina. Possui mais de três mil expositores, reunindo aproximadamente 50 mil visitantes por semana e gerando mais de 18 mil empregos. O turista tem na feira um autêntico encontro com o artesanato e a culinária típica, expressões da grande riqueza cultural verificada no Estado.
Belo Horizonte conta com uma infra-estrutura de 36 teatros, 54 salas de cinema e mais de 30 galerias de arte. Além disso, 18 museus recontam a vida da capital mineira e do Estado de Minas Gerais, expondo objetos que muito importam à historiografia nacional.
Para manifestar a cultura, todos os espaços disponíveis são aproveitados. Os parques, além do contato que proporcionam com a natureza, são uma ótima opção para quem curte música e teatro. A prefeitura realiza concertos no Parque Municipal e no Parque das Mangabeiras. Na Praça da Liberdade existem dias reservados para a apresentação de corais. Afinal, ar puro e conhecimento fazem bem à saúde!