Feira de artesanato da avenida Afonso Pena está pronta para a Copa
Renato Cobucci/Hoje em Dia
Os benefícios já são sentidos pelo tradicional frequentador da feira, formado por um público “torcedor” originário de várias partes do Brasil. Gente de olho nas tendências da moda, da decoração, procurando pechinchas ou simplesmente passeando.
Viagem
As oportunidades de negócios são o ponto alto da feira. Ônibus com caravanas de sacoleiras e empresários estacionam no entorno, já no sábado à noite. A viagem é cansativa, mas a capixaba Gisele Simões, de 35 anos, afirma que o sacrifício é muito bem compensado pelo lucro.
Cada bolsa que ela compra na feira por R$ 45 sai pelo dobro do preço no Espírito Santo, sendo que o valor de revenda é R$ 130. Ela abastece o estoque, em BH, bimestralmente, há oito anos. Já a belo-horizontina Elisa Lúcia Esquárcio Pinheiro, de 61 anos, acompanha a caravana como guia há mais de três décadas. “A feira é excelente, além de gerar renda, é uma forma de conhecer gente de várias culturas”, diz.
Mas os turistas não aproveitam a feira apenas para ganhar dinheiro. É uma oportunidade de “esticar” a visita a pontos turísticos da capital. No último domingo, a família da vendedora Clélia Natália da Silva, de 21 anos, de Itaúna, região Central de Minas, conheceu o Parque Municipal Américo Renné Giannetti, logo ao lado da feira. Ela, o marido, o afilhado e o sobrinho participavam de uma excursão com roteiro pela Feira Hippie e Zoológico, na Pampulha.
Grandiosidade
Para o coordenador da Asseap, a feira da Afonso Pena é a maior atração da cidade, por oferecer lazer, compras e cultura. “Nenhum outro evento atrai 80 mil pessoas, nem o futebol”, ressalta Alan Vinícius, lembrando que o público do clássico Atlético x Cruzeiro, na final do Campeonato Mineiro, teve 46 mil torcedores.
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