Parece que somente na cidade de São Paulo é que os políticos tem boas idéias.
Projeto que foi entregue por Alan a PBH há mais de dois anos para formar o corredor cultural no centro de BH aos domingos, é parecido com o projeto divulgado em São Paulo. Saiu na folha de São Paulo.
A avenida Paulista, que ganhou ontem uma ciclofaixa de lazer, terá um caminho para bicicletas que a ligará ao centro histórico de São Paulo aos domingos, das 7h às 16h.
Ele deve ser inaugurado em duas semanas, segundo anúncio feito pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) ontem, um mês antes das eleições.
O caminho sairá da praça Osvaldo Cruz, onde começa a ciclofaixa da Paulista, passará pelas avenidas Bernardino de Campos e Vergueiro, onde ciclistas usarão a motofaixa, e chegará à praça da Sé.
No centro histórico, o caminho se interligará à ciclorrota, que passará pelo pátio do Colégio, Teatro Municipal, biblioteca Mário de Andrade e largo São Francisco.
"Os pais poderão levar os filhos para ver os equipamentos culturais. Será uma ação importante de recuperação do centro", afirmou Kassab.
Segundo ele, até o final do ano, haverá ainda a interligação entre a ciclofaixa da Paulista e a que passa pelos parques Ibirapuera e Villa-Lobos -a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), responsável pelo projeto, afirmou que ontem não teria como dar detalhes do trajeto.
O órgão não soube precisar também quantos ciclistas usaram a Paulista na inauguração da nova ciclofaixa, que percorre os 2,5 km de extensão entre a praça Osvaldo Cruz e a rua da Consolação, dos dois lados da avenida.
O novo trajeto foi comemorado pelos ciclistas que lotaram o percurso, mas o grande fluxo de bicicletas deixou o trajeto lento e gerou reclamações. "A cidade está precisando de mais ciclovias. A aglomeração é muito grande", disse Rony Botelho, 42, morador do Bom Retiro, que pedalava com o filho Davi, 8.
Outros usuários também se incomodaram com as paradas obrigatórias nos semáforos da avenida e com ciclistas que circulavam na via com banners de candidatos.
Com uma faixa a menos para carros, o trânsito ficou lento para os veículos que circulavam na região à tarde.
Muitos ciclistas também aproveitaram a inauguração da ciclofaixa para criticar a falta de projetos da prefeitura para que a bicicleta possa ser utilizada nos dias de semana como um meio de transporte na cidade.
"Cada vez mais, os ciclistas usam a Paulista como trajeto para ir trabalhar", afirmou Cláudio Bueno, 41, que levou as filhas, de sete e oito anos, para pedalar ontem.
A via foi palco de dois acidentes recentes envolvendo bicicletas e ônibus que causaram a morte de ciclistas.
A CET afirma que não considera a Paulista uma avenida adequada para bicicletas. Por isso, a empresa decidiu fazer a ciclofaixa, mas apenas aos domingos, quando o fluxo de veículos é menor.
Relembrando o Projeto de Alan
Alan propõe repensar a cidade e chama você cidadão para discutir projetos.
Roteiro turístico ambicioso para o centro de Belo Horizonte Uma cidade humanizada não cria ruas e avenidas somente para os carros, uma cidade moderna busca conservar suas tradições e cultura e se estende pensando prioritariamente e sobre tudo na saúde e bem viver de sua população.
O que queremos é aproveitar o grande fluxo de pessoas que vão fazer as suas compras na feira hippie da Av. Afonso Pena aos domingos. O projeto visa oferecer uma parte importante da Av. Afonso Pena, como rua de lazer e principalmente livre de carros, beneficiando também o evento mais importante da cidade.
Ou seja, mais tranqüilidade para os pedestres e reconhecimento a tradicional feira hippie. O estacionamento para a feira poderia também ser ampliado e com certeza atrairíamos mais pessoas e turistas para o evento. O principal objetivo do projeto é interligar a Feira, o Parque Municipal, o Palácio das Artes, teatros e cinemas (Brasil e outros) e a Praça Sete, a Praça Tiradentes e a Praça da Liberdade e seu conjunto de espaços voltados a cultura, proporcionando assim um grande complexo turístico interligado aos domingos, inclusive contando com um serviço de táxi-bicicleta ou ciclo-táxi como queiram, para circular com os turista.
Justificativa e visão do futuro: O Dia Mundial sem Carro deveria servir como teste para a elaboração no futuro, junto à prefeitura, de uma linha de ciclo-táxi e que essa linha possa ser periódica um dia. “Algumas vias que seriam fechadas aos domingos podem ser definitivamente ruas de pedestres e ciclistas nos fins de semana”.
Queremos sensibilizar a população e autoridades para a necessidade de reduzir o tráfego rodoviário dentro das cidades, de forma a aumentar a qualidade de vida e garantir a sustentabilidade dos recursos naturais, optando por alternativas de transporte como os transportes públicos e bicicletas.
Exemplos não faltam: Também na Europa algumas ruas de cidades importantes são fechadas ao trânsito de forma a pedir aos cidadãos que nas suas deslocações optem por meios alternativos. Na América do Sul, mais especificamente na cidade de Bogotá, temos um bom exemplo. A cidade está organizada oficialmente em 20 regiões e em Zonas. A zona T como é chamada, é formada por um calçadão que abriga bares, restaurantes, lojas, onde carro não entra. A zona U chama-se assim porque é a primeira letra do nome do bairro Usaquém, ao norte da cidade, onde também há bons restaurantes e o tradicional Mercado de las Pulgas. Outras regiões famosas, principalmente para sair noite, são as Rosa e a do Parque de la 93. Aos domingos e feriados, algumas ruas da cidade são fechadas para dar espaço à Ciclovia, aberta das 7h às 14h. A cicloruta de Bogotá tem cerca de 120 quilômetros de extensão, é considerada a maior ciclovia da América Latina e passa por diversas regiões da cidade.
No Brasil:
SÃO PAULO: Os ciclistas da cidade têm uma faixa exclusiva com 5 quilômetros para pedalar à vontade. A ciclofaixa funciona todos os domingos, das 7h às 14h, e engloba três parques: o das Bicicletas, o Ibirapuera e o Parque do Povo. O percurso é pintado no solo e tem sinalização própria. O trajeto passa por vias como a alameda Iraé e as avenidas Indianópolis e Nações Unidas. Já a rua Joana de Auvérnia (em Guaianazes) tem uma programação de atividades com futebol, vôlei, amarelinha e brincadeiras de rua que são atualizadas no blog mantido pelos moradores (ruajoanadeauvernia.wordpress.com). Mas a mais antiga rua de lazer da capital paulista é a Manoel Faria Inojosa, em São Miguel Paulista. Desde 1977 a faixa fica fechada para os moradores andarem de skate, brincar ou jogar basquete.
CURITIBA: Na capital do Paraná, mensalmente as ruas se transformam em pistas de atletismo para os adeptos da corrida noturna. Como de dia o fluxo é mais intenso, a prefeitura resolveu adotar o cair da noite para fechar alguns trechos das vias e colocar os moradores para correr - literalmente.
BRASÍLIA: Na capital federal, o Eixão (como é conhecido o Eixo Rodoviário de Brasília) é ponto de referência para os moradores que querem caminhar, pedalar e passear. Todos os domingos e feriados, a via fica fechada das 8h às 18h, entre as quadras 100 e 200, nas Asas Sul e Norte. No último domingo de cada mês, um grupo de voluntários mede pressão, faz massagens gratuitas e dá aulas de alongamento aos frequentadores.
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