segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Expositores da Afonso Pena entram com recurso no TJ

JORNAL HOJE EM DIA  
                                                  


Associação dos trabalhadores na Feira de Artesanato da Afonso Pena se defendem de decisão do juiz Alyrio Ramos


A despeito da ação ordinária ainda estar em curso, a Associação dos Expositores da Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena (Asseap) entra nesta sexta-feira (4) com recurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais contra a decisão do juiz da 3ª Vara de Feitos da Fazenda Pública Municipal de Belo Horizonte, Alyrio Ramos, que indeferiu na quarta-feira liminar impetrada pela entidade com a finalidade de suspender o edital de licitação para seleção de feirantes. O edital da Prefeitura de Belo Horizonte estabelece o processo seletivo para preenchimento de 2.292 vagas.


A Feira de Artesanato recebe cerca de 70 mil pessoas todos os domingos

De acordo com o requerimento da Asseap, o edital de licitação apresentava uma série de irregularidades e discriminações nos critérios de seleção. Para o coordenador da Asseap, Alan Vinícius, o processo pretendido pela PBH impede os atuais expositores de concorrer às vagas da Feira de Artesanato da Afonso Pena. Outra alegação é a de que mais de 2 mil feirantes poderão perder sua única fonte de renda com o novo edital, cujas inscrições se encerram no dia 14 deste mês.

Para Vinícius, a PBH pretende extinguir a feira. Segundo ele, o edital disponibilizado na Internet é tão confuso, que dificilmente seria preenchido por quem quer que fosse. A orientação da Asseap aos feirantes é a de que nenhum deles baixe o edital até o dia 14. “Vamos aguardar a definição da ação ordinária com pedido de liminar, que discute a questão mais profundamente”, disse.

Juiz alega irregularidades e oportunismo

O juiz Alyrio Ramos observou em sua decisão que, atualmente, a Feira de Artesanato tem se desvirtuado do seu propósito original, e que há alguns anos muitos feirantes passaram a comercializar produtos industrializados. Além disso, frisou que a feira vem sendo alvo de “irregularidades e oportunismos”. Alyrio Ramos destacou, ainda, que a associação interessada em suspender o edital de licitação pretende elevar-se à condição de administradora exclusiva da feira, afastando a prefeitura do processo de uso do espaço público.

“Evidentemente, constitui medida de interesse público a realização de procedimento licitatório para a escolha dos expositores da feira da Avenida Afonso Pena, por atender aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade”, disse o juiz.

A prefeitura alega que as novas licenças darão oportunidades para artistas e artesãos que de fato sobrevivem do ofício. Considerada a maior feira de artesanatos da América Latina, a Feira da Afonso Pena recebe todos os domingos cerca de 70 mil pessoas e o faturamento mensal é da ordem de R$ 15 milhões.







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