segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

JORNAL HOJE EM DIA

Feirantes da Afonso Pena ‘colam’ no prefeito

Expositores prometem atormentar a rotina de compromissos de Marcio Lacerda


Expositores da Feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pena prometem atormentar a rotina de compromissos públicos do prefeito Marcio Lacerda a partir desta semana. De acordo com o presidente da entidade, Alan Vinícius, a partir de quarta-feira (23), feirantes vão acompanhar todos os compromissos do prefeito munidos de cartazes, faixas e apitos.

O objetivo é pressionar pelo cancelamento do edital de licitação para escolha dos feirantes, publicado no início do mês. Os artesãos alegam que os critérios são impróprios. O edital privilegia candidatos analfabetos, sem imóveis, e sem veículos.

Nesta segunda-feira (21), o prefeito negou que o edital possa ser cancelado, mas admitiu a revisão de alguns critérios. “O que podemos fazer é corrigir distorções para evitar alguma injustiça”, disse Marcio Lacerda.

A polêmica em torno da Feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pena começou na primeira em dezembro de 2010, primeiro com a mudanças na demarcação do número de barracas e depois com a possibilidade de que o evento semanal fosse mudado de lugar. A feira sairia da Afonso Pena e seria instalada em um terreno às margens do Boulevard Arrudas.

De acordo com o deputado Délio Malheiros (PV), que participa de uma comissão da Assembleia que acompanha a questão da feira, a opção mais viável para feirantes e prefeitura é que o edital seja anulado.

Segundo ele, alguns critérios do texto são claramente inconstitucionais e outros legalmente contestáveis. “O edital é, por assim dizer, uma apologia ao analfabetismo. Seria adequado se fosse publicado em 1900. Além disso, a prefeitura não tem pessoal para fiscalizar tudo o que pede”, disse Malheiros.

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